segunda-feira, 18 de maio de 2009

TRABALHO DE LITERATURA SOBRE O LIVRO IRACEMA

oNomes:Franciele Lisboa, Natiele Feijo e Susele Pinho Turma/serie: 2°E Trabalho De Literatura-

Romantismo:1- Indique o foco narrativo do romance Iracema. Comprove com trechos do texto.A narrativa é em terceira pessoa e o narrador é onisciente e onipresente. No começo do livro o narrador é em primeira pessoa.2. Cite as personagens principais e caracterize-as.Os personagens principais do livro Iracema é o Martim e a Iracema.3. Retire do texto descrição do espaço da narrativa.A valorização da cor local, do típico, do exótico increve-se na intenção nacionalista de embelezar e engrandecer a terra natal por meio de metáforas e comparações que ampliam as imagens de um Nordeste paradisíaco, primitivo, que nada tem a ver com a aspereza do sertão do semi-árido. É o Nordeste das praias e das serras (Ibiapaba), dos rios (Parnaíba e Jaguaribe) e da bica do Ipu.4. Escreva, com suas palavras, um resumo do enredo.O romance conta, de forma quase poética, o amor de um branco, Martim Soares Moreno, pela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel e de cabelos mais negros que a asa da graúna e explica poeticamente as origens da terra natal do autor, o Ceará.A relação do casal serviria de alegoria para a formação da nação brasileira. A índia Iracema representaria a natureza virgem e a inocência, enquanto o colonizador Martim representa a cultura européia. Da junção dos dois surgirá a nação brasileira, representada alegoricamente, pelo filho do casal, Moacir.Para alguns críticos, a palavra Iracema é um anagrama de América, tratando-se o livro pois de uma metáfora sobre a colonização americana pelos europeus. O desenvolvimento da história e, principalmente o final, assemelham-se em muito a história do novo continente.

Bruno Garcez, Pedro Ávila, Gustavo Ferraz, Juliano Antunes
1)Indique o foco narrativo do romance Iracema. Comprove com trechos do texto.

A narrativa é em terceira pessoa e o narrador é onisciente e onipresente. No começo do livro o narrador é em primeira pessoa.

Primeira Pessoa (inicio): “Verdes mares de minha terra natal”
Terceira Pessoa (restante): “Uma tarde Iracema viu de longe dois guerreiros que avançavam pelas praias do mar”


2) Cite as personagens principais e caracterize-as.
Iracema: cabelos negros e longos, era a virgem dos lábios de mel;
Martim Soares Moreno: guerreiro branco que representa o colonizador europeu, era amigo dos pitiguaras, habitantes do litoral, adversários dos Tabajaras. Os pitiguaras lhe deram o nome de Coatiabo;
Moacir: filho de Iracema representa no livro o primeiro brasileiro;
Araquém: o feiticeiro da tribo Tabajara e pai de Iracema;
Caubi: irmão de Iracema;
Poti: índio Pitiguara, que se considerava irmão de Martim;
Batuirité: avô de Poti;
Jacaúna: irmão de Poti;
Irapuã: chefe dos Tabajaras; apaixonado por Iracema;

3) Retire do texto descrição do espaço da narrativa.

A valorização da cor local, do típico, do exótico increve-se na intenção nacionalista de embelezar e engrandecer a terra natal por meio de metáforas e comparações que ampliam as imagens de um Nordeste paradisíaco, primitivo, que nada tem a ver com a aspereza do sertão do semi-árido. É o Nordeste das praias e das serras (Ibiapaba), dos rios (Parnaíba e Jaguaribe) e da bica do Ipu.


4) Escreva, com suas palavras, um resumo do enredo.


Iracema
A obra conta a história de amor vivida por Martin, um português, e Iracema uma índia tabajara. Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença etnica, por Iracema ser filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga. Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a morar na tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha seja travada entre os tabjaras e os pituguaras. Pois Arapuã quer se vingar de Martin, que "roubou" Iracema, mas Mertim é amigo de Poti, índio pitiguara, que irá protegê-lo.
Além disso, a tribo tabajara alia-se com os franceses que lutam contra os portugueses, que são aliados dos pitiguaras, pela posse do território brasileiro. Com o passar do tempo, Martim começa a sentir falta das pessoas que deixou em sua pátria, e acaba distanciando-se de Iracema. Esta, por sua vez, já grávida, sofre muito percebendo a tristeza do amado. Sabendo que é o motivo do sofrimento de Martim, ela resolve morrer depois que der à luz ao filho. Sabendo da ausência de Martim, Caubí, irmão de Iracema, vai visitá-la e dia que já a perdoou por ter fugido e dado às costas à sua tribo. Acaba conhecendo o sobrinho, e promete fazer visistas regulares aos dois.
Conta que Araquém, pai de Iracema, está muito velho e mal de saúde, devido à fuga de Iracema. Justo no período que Martim não está na aldeia, Iracema dá luz ao filho, ao qual dá o nome de Moacir. Sofrendo muito, não se alimentando, e por ter dado à luz recentemente, Iracema não suporta mais viver e acaba morrendo logo após entregar o filho à Martim. Iracema é enterrada ao pé de um coqueiro, na borda de um rio, o qual mais tarde seria batizzado de Ceará, e que daria também nome à região banhada por este rio. Ao meio desta bela história de amor, estão os conflitos tribais, intensificados pela intervenção dos brancos, peocupados apenas em conquistar mais territórios e dominar os indígenas.

Nomes: Daiane Holz, Monique Strieder e Ludmila Coutinho.


1)Indique o foco narrativo do romance.

O foco é quando ela foge da tribo dela com Martim para tribo dos Pitiguaras que é a rival da tribo dela.

2)Cite as personagens principais e a caracterize- as .

1) Iracema - a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asas da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era mais doce que seu sorriso, nem a baunilha rescendia no bosque como se hálito perfumado. Era mais rápida que a ema selvagem. Índia da tribo tabajara, filha de Araquém. Demonstrou muita coragem e sensibilidade. Revelou-se amiga, companheira, amorosa, amante, submissa e confiante. Renunciou tudo pelo amor de Martim. Representa bem o elemento indígena que se casa com o branco para formar uma nova raça: a brasileira.

2) Martim - o seu nome na língua indígena significa "filho de guerreiro". Era português e veio ao Brasil numa expedição, quando fez amizade com Jacaúna, chefe dos pitiguaras, dos quais recebeu o nome de Coatiabo - "guerreiro pintado". Tinha nas faces o branco das areias que bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas, os cabelos do sol. Corajoso, valente, audaz, representa bem o branco conquistador, que se impôs aos índios na colonização do Brasil.

3) Araquém - pai de Iracema, pajé da tribo tabajara, tinha os olhos cavos e rugas profundas, compridos e raros cabelos brancos. Era um grande conselheiro, tinha o dom da sabedoria e da liderança.

4) Andira - irmão do pajé Araquém. Provou ser um grande e impetuoso guerreiro. É o velho herói. É feroz Andira que bebeu mais sangue na guerra que beberam já tantos guerreiros. Ele viu muitos combates na vida, escapelou muitos pitiguaras. Nunca temeu o inimigo. Seu nome significa "morcego". 5) Caubi - irmão de Iracema. Tinha o ouvido sutil, era capaz de pressentir a boicininga (cascavel) entre rumores da mata; tinha o olhar que melhor vê nas trevas. Era bom caçador, corajoso, guerreiro destemido que não guardou rancor da irmã, indo visitá-la na sua choupana distante. 6) Irapuã - chefe dos tabajaras, manhoso, traiçoeiro, ciumento, corajoso, valente, um grande guerreiro. Estava sempre lembrando a Iracema sobre a necessidade de se conservar virgem, pois ela guardava o segredo de Jurema. O seu nome significa "mel redondo". De certa forma, Irapuã representa, com sua oposição, um esforço no sentimento de guardar e preservar as tradições indígenas. 7) Poti - guerreiro destemido, irmão do chefe dos pitiguaras. Prudente, valente, audaz, livre, ligeiro e muito vivo. Tinha uma grande amizade por Martim a quem considerava irmão e de quem era aliado. 8) Jacaúna - o grande Jacaúna, o chefe dos pitiguaras, senhor das praias do mar. O seu colar de guerra, com os dentes dos inimigos vencidos, era um brasão e troféu de valentia. Era corajoso, exímio guerreiro, forte. Seu nome tem o significado de "jacarandá-preto". 9) Batuireté - avô de Poti, maior chefe. Tinha a cabeça nua de cabelos, cheio de rugas, Morava numa cabana na Serra do Maranguab (sabedor de guerra). Batuireté significa "valente nadador". 10) Jatobá - pai de Poti. Conduziu os pitiguaras a muitas vitórias. Robusto e valente. 11) Moacir - o nascido do sofrimento, o "filho da dor". É, na alegoria de Alencar, o primeiro brasileiro - fruto da união do branco com o índio. Mal nasceu, já exilava da terra que o gerou. Estaria nisso a predestinação errante da gente nordestina.
3)Retire do texto descrição do espaço da narrativa.

Mais rápido que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu.”
“ O sol deitou-se e de novo se levantou no céu. Os guerreiros chegaram aonde a serra quebrava para o sertão; já tinham passado aquela parte da montanha, que por ser despida de arvoredo e tosquiada como a capivara, a gente de Tupã chamava Ibiapina.”
“[...] afrontava as árvores do mais alto píncaro da serrania, e quando batido pela rajada, parecia varrer o céu com imensa copa.”

“E foi assim que um dia veio a chamar-se Ceará o rio onde crescia o coqueiro, e os campos onde serpeja o rio.


4)Escreva, com suas palavras, um resumo dos enredo.

Iracema (José de Alencar)

Iracema era uma índia Tabajara, filha do pagé chamado Araquém. Iracema era prometida ao índio Irapuã que era da mesma tribo de Iracema.
Tudo estava bem ate Iracema conhecer o português Martim que vinha de Portugual para dominas o território dos índios. Que apaixonou-se por Iracema, mas para continuar com esse amor proibido eles tiveram que fugir.
Martim e Iracema refugiaram-se na tribo de Poti, que era da tribo Pitiguara, rival da tribo Tabajara.
Iracema sentia muita falta de sua tribo, mas seu amor por Martim era maior, por isso a tribo Tabajara iniciou a guerra contra a tribo dos Pitiguaras, para vingar-se de Martim. Então os Tabajaras se uniram aos franceses que estavam com uma guerra contra os portugueses, sendo que os portugueses eram aliados dos Pitiguaras.
Martim sentia saudade de sua família que estava em Portugual. Iracema estava grávida decidiu morrer após o parto para que Martim podesse voltar para Portugual. A índia deu a luz, quando Martim precisou viajar.
Aproveitando da ausência de Martim o irmão de Iracema, Caubi foi visita-la, e falou que seu pai estava muito doente, e que havia perdoado-a Iracema fraca pelo parto, e não se alimentava direito morreu após entregar o seu filho Moacir a Martim.
Foi entrerrada ao pé de um coqueiro as margens do rio que hoje é chamado de Ceará e que banha toda região do Ceará.

Nomes: Lauren Lemos e Miriam Buss

1) Indique o foco narrativo do romance Iracema. Comprove com trechos do texto.
O foco narrativo é na terceira pessoa. Narrador observador, isto é, um narrador que caracteriza os personagens a partir do que pode observar de seus sentimentos e comportamento.


Trechos: “ Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema.”“Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho [...]”
“Avança a filha de Araquém nas trevas; pára e escuta.”
“O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu.”“[...] e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.”


2) Cite as personagens principais e caracterize-as.

Iracema: cabelos negros e longos, era a virgem dos lábios de mel;

Martim Soares Moreno: guerreiro branco que representa o colonizador europeu, era amigo dos pitiguaras, habitantes do litoral, adversários dos Tabajaras. Os pitiguaras lhe deram o nome de Coatiabo;

Moacir: filho de Iracema representa no livro o primeiro brasileiro;

Araquém: o feiticeiro da tribo Tabajara e pai de Iracema;

Caubi: irmão de Iracema;

Poti: índio Pitiguara, que se considerava irmão de Martim;

Batuirité: avô de Poti;

Jacaúna: irmão de Poti;

Irapuã: chefe dos Tabajaras; apaixonado por Iracema;
3) Retire do texto descrição do espaço da narrativa:
“ Mais rápido que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu.”“ O sol deitou-se e de novo se levantou no céu. Os guerreiros chegaram aonde a serra quebrava para o sertão; já tinham passado aquela parte da montanha, que por ser despida de arvoredo e tosquiada como a capivara, a gente de Tupã chamava Ibiapina.”“[...] afrontava as árvores do mais alto píncaro da serrania, e quando batido pela rajada, parecia varrer o céu com imensa copa.”
“E foi assim que um dia veio a chamar-se Ceará o rio onde crescia o coqueiro, e os campos onde serpeja o rio.

4) Escreva, com suas palavras, um resumo do enredo:
Martim acorda em terras brasileiras e ouve alguém gritar por Iracema. Ele vê um barco indo embora.Iracema está junto à natureza, banhando-se, quando Martim a surpreende. Ela joga uma flecha nele, que apenas o machuca. Se arrepende, pede perdão e ela o leva até a aldeia. Iracema leva Martim até o Pajé, pai de Iracema o recebe com muita hospitalidade e diz a Martim que ele pode ter tanta fartura e mulheres da aldeia quando quiser. Iracema vai à barraca de Martim com as índias que o servirão. Ele diz que queria Iracema. Ela diz que deve permanecer virgem. Ele sai da cabana para ir embora. Iracema o busca e pede que fique ate seu Irmão Caubi voltar da caça para que o acompanhe mostrando-o o caminho. Voltam à cabana e ele dormiu escutando Iracema cantar. Irapuã prepara todos para a guerra contra Martim. Martim acorda. Iracema pergunta se há uma noiva o esperando. Ele diz que sim, mas que prefere Iracema a ela. A índia leva o estrangeiro para um bosque de juremas. Ela dá a ele uma bebida alucinógena. Eles têm um momento de romance. Ele adormece. Irapuã surge no bosque e diz que está com ciúmes por Iracema estar acompanhando Martim. Ele diz que, quem sabe se matar Martim, Iracema talvez o queira. Iracema diz que nunca se entregará a Irapuã. Aponta uma flecha para ele e diz que não o deixará machucar Martim. Irapuã vai embora mas jura vingança. Martim acorda e vê Iracema triste. Ela diz que é porque ele partirá assim que Caubi chegar. Martim diz que fica, para vê-la feliz. Ele diz que quer deitar-se com ela, ela diz que quem a possuísse morreria e ela, logo depois. Ele diz que vai embora para mantê-la em segurança. Martim avisa ao Pajé que ele vai embora. Eles preparam as coisas para a partida do estrangeiro. Iracema dá a ele uma rede. Iracema se despede de Martim com um beijo. Iracema está triste. Ouve o grito de guerra de Caubi e sai correndo saber o que está acontecendo. Caubi estava protegendo Martim de Irapuã e de 100 guerreiros. Caubi diz para Iracema levar Martim até a cabana do Pajé. Martim fica para lutar com Iraupã. Os guerreiros afastaram Caubi e Iracema e estavam para enfrentar Martim quando soou o grito de guerra dos pitiguaras (tribo inimiga dos tabajaras). Os guerreiros tabajaras procuraram os pitiguaras. Irapuã, pensando que fosse armação de Iracema para salvar Martim, vai até a cabana para matar o estrangeiro. Araquém, o pajé, o defende, dizendo que ele é hóspede de Tupã. Para proteger Martim, o pajé abre um buraco na terra com a ajuda de Tupã. Martim sussurra para Iracema que o soar dos pitiguaras era de seu amigo, Poti. Martim diz que precisa falar com ele. Iracema o proíbe, por causa do perigo de Irapuã. Ela vai, no lugar do estrangeiro, falar com Poti e dizer-lhe que Martim iria fugir escondido com ele, para evitar conflito com a tribo. Antes de Iracema sair, ela ouviu de seu pai um segredo: Caso o inimigo viesse a matar Martim, ela deveria esconde-lo no subterrâneo da cabana, sob uma grande pedra. Não era seguro Martim sair na luz do dia, caso contrário seria morto, por isso Iracema pediu ao irmão para que levantasse a pedra e escondesse ela e Martim. Então Chegou Irapuã com seus subordinados, todos eles bebados e discutiram com o irmão de Iracema. No mesmo instante soou o trovão de Tupã. A princípio os índios não deram muita importancia, mas na segunda vez entenderam como um sinal de ameaça de Tupã, pegaram seu Chefe e sairam com medo. No interior da caverna, Iracema e Martim escutam a voz de Poti, apesar de não ver ele. Ficou combinado que Martim iria partir quando ocorresse a mudança da lua, pois os tabajaras estariam em festa e por isso seria mais seguro. De noite, quando o pai de Iracema não estava na cabana, Martim estava agoniado desejando Iracema sem poder tê-la. Ele lhe pediu um copo de vinho para apressar o sono. Dormiu e sonho com Iracema, ficou chamando seu nome e ela foi até ele. Martim sonha que está abraçando Iracema, sendo que estava abraçando ela de verdade. Ao amanhecer, Martim pede para Iracema se afastar dele, pois ele só a podia ter em sonho. Sendo assim, Iracema saiu e foi banhar-se. Mal sabia Martim que Tupã havia acabado de perder sua virgem. Quando a Lua finalmente apareceu e os tabajaras já estavam na festa, Iracema pegou Martim e o guiou até Poti. Iracema os acompanhou até os limites das terras dos tabajaras. Martim lhe pede que ela volte para sua cabana, mas Iracema lhe diz que não pode, pois já é sua esposa. E então ele descobre que o sonho que tivera na verdade fora realidade. Eles passam a noite no meio do caminho. Ao amanhecer, preocupado, Poti os acorda avisando que os tabajaras já estavam a caminho deles. Envergonhado, Martim pediu que Poti levasse Iracema e o deixasse só, pois ele merecia morrer. O amigo disse que não o largaria. Iracema apenas sorriu e continuou com eles. Irapuã e seus comandantes não demoraram a chegar no local e travou-se uma terrível batalha. No final, Jacaúna e Poti haviam vencidos e os tabajaras fugiram, levando Irapuã com eles. Iracema chorou ao ver seus irmãos de raça mortos.
Poti retornou à sua taba, às margens do rio, feliz por ter salvado Martim. Iracema estava triste por ficar hospedada na trigo inimiga de seu povo. Ciente disso, Martim resolveu procurar um lugar afastado para morarem. Puseram-se a caminho o casal e Poti, que fez questão de acompanhá-los. Acharam um local apropriado. Martim pensava em trazer seus soldados para se aliarem aos pitiguaras contra os tabajaras.
Na nova rotina diária, Poti e Martim caçavam, Iracema colhia frutas, passeava pelos campos, arrumava a cabana, sempre na expectativa da volta de Martim. Grávida, ela aguardava a hora do parto e já não sentia mais contrariedade por ter saído de sua nação. Com festas, Martim foi introduzido na tribo pitiguara adotando o nome de Coatiabo.
O tempo foi passando e Coatiabo já não se fascinava tanto por Iracema, sendo assim entrou ele em depressão. Ele vivia mais afastado, tomado pelas lembranças do passado anterior à vida na selva. Ficava olhando as embarcações passando a longe no mar, sem dar muita atenção à índia.
Certo dia Poti foi convocado a uma guerra e Coatiabo fez questão de ir junto. Os dois guerreiros partiram sem se despedir de Iracema. Ao caminharem ainda no território de sua nação, à beira de um lago, Poti fincou no chão uma flecha de Martim e atravessou nela um goiamum que ele acabara de abater, sabendo que a índia, ao ver a seta daquele jeito, entenderia o sinal de que o esposo havia partido. Martim entrelaçou nela uma flor de maracujá.
No dia seguinte, Iracema ia banhar-se no rio, viu a flecha e entendeu seu significado. Ela chorou muito e a partir de então, os seus dias foram ficando cada vez mais triste. Ela ficou sempre na esperança de ver Martim voltar.
Os dois guerreiros voltaram vitoriosos graças a Martim, que teve importante papel na guerra.
De novo em sua cabana, Martim e Iracema se amaram como no início de seu relacionamento. Aos poucos, porém, ele voltou a se isolar triste, olhando para os horizontes infinitos do mar, com saudade de sua gente. Iracema se afastava, também triste. Martim sabia que, se voltasse para sua terra, ela o acompanharia; então, ele estaria tirando dela um pedaço de sua vida, que era a convivência com seus parentes e amigos nas selvas.
Martim negava ter saudades da namorada branca, mas por não acreditar em nele, Iracema começou a ficar cada vez mais triste, prometendo sair da vida dele assim que o filho nascesse.
Um dia, apareceu no mar, ao longe, um navio dos guerreiros brancos que vinham aliar-se aos tupinambás para lutarem contra os pitiguaras. Poti e Martim armaram uma estratégia de defesa. Esconderam seus guerreiros e atacaram os inimigos de surpresa. A vitória foi retumbante.
Em quando a guerra acontecia, Iracema teve o filho e o batizou de Moacir, o filho da dor. Certa amanhã seu irmão Caubi veio visitá-la. Admirou o filho, mas espantou-se com a tristeza da irmã, que lhe pediu que voltasse para cuidar do velho Araquém.
De tanto chorar, Iracema perdeu o leite para alimentar o filho. Foi à mata e deu de mamar a alguns cachorrinhos; eles lhe sugaram o peito e dele arrancaram o leite para voltar a amamentar. A criança estava se nutrindo, mas a mãe perdera o apetite e as forças, por causa da tristeza.
No caminho de volta pra casa, Martim estava preocupado em como estaria Iracema, como estaria seu filho. Ao chegar viu Iracema na porta, no seu limite de forças. Ela só teve forças de entregar o filho em seus braços e então, ela desfaleceu e não se levantou mais da cama. Suas últimas palavras foram um pedido a Martim de que ele a enterrasse ao pé do coqueiro que ela tanto gostava. O sofrimento de Martim foi enorme. O lugar aonde Iracema foi enterrada veio a se chamar Ceará. Martim retornou para sua terra, levando o filho. Quatro anos depois, eles voltaram para o Ceará, onde Martim implantou a fé cristã. Poti se tornou cristão e continuou fiel amigo de Martim. Os dois ajudaram o comandante Jerônimo de Albuquerque a vencer os tupinambás e a expulsar o branco tapuia. De vez em quando, Martim revia o local onde fora tão feliz e se doía de saudade. A jandaia permanecia cantando no coqueiro, ao pé do qual Iracema fora enterrada. Mas a ave não repetia mais o nome de Iracema. O livro termina com a seguinte frase: "Tudo passa sobre a terra.".

Nomes: Helena, Fernanda, Cibele e Grace.

1)Indique o foco narrativo do romance. O foco é quando ela foge da tribo dela com Martim para tribo dos Pitiguaras que é a rival da tribo dela.

2)Cite as personagens principais e a caracterize- as . 1) Iracema - a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asas da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era mais doce que seu sorriso, nem a baunilha rescendia no bosque como se hálito perfumado. Era mais rápida que a ema selvagem. Índia da tribo tabajara, filha de Araquém. Demonstrou muita coragem e sensibilidade. Revelou-se amiga, companheira, amorosa, amante, submissa e confiante. Renunciou tudo pelo amor de Martim. Representa bem o elemento indígena que se casa com o branco para formar uma nova raça: a brasileira. 2) Martim - o seu nome na língua indígena significa "filho de guerreiro". Era português e veio ao Brasil numa expedição, quando fez amizade com Jacaúna, chefe dos pitiguaras, dos quais recebeu o nome de Coatiabo - "guerreiro pintado". Tinha nas faces o branco das areias que bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas, os cabelos do sol. Corajoso, valente, audaz, representa bem o branco conquistador, que se impôs aos índios na colonização do Brasil. 3) Araquém - pai de Iracema, pajé da tribo tabajara, tinha os olhos cavos e rugas profundas, compridos e raros cabelos brancos. Era um grande conselheiro, tinha o dom da sabedoria e da liderança. 4) Andira - irmão do pajé Araquém. Provou ser um grande e impetuoso guerreiro. É o velho herói. É feroz Andira que bebeu mais sangue na guerra que beberam já tantos guerreiros. Ele viu muitos combates na vida, escapelou muitos pitiguaras. Nunca temeu o inimigo. Seu nome significa "morcego". 5) Caubi - irmão de Iracema. Tinha o ouvido sutil, era capaz de pressentir a boicininga (cascavel) entre rumores da mata; tinha o olhar que melhor vê nas trevas. Era bom caçador, corajoso, guerreiro destemido que não guardou rancor da irmã, indo visitá-la na sua choupana distante. 6) Irapuã - chefe dos tabajaras, manhoso, traiçoeiro, ciumento, corajoso, valente, um grande guerreiro. Estava sempre lembrando a Iracema sobre a necessidade de se conservar virgem, pois ela guardava o segredo de Jurema. O seu nome significa "mel redondo". De certa forma, Irapuã representa, com sua oposição, um esforço no sentimento de guardar e preservar as tradições indígenas. 7) Poti - guerreiro destemido, irmão do chefe dos pitiguaras. Prudente, valente, audaz, livre, ligeiro e muito vivo. Tinha uma grande amizade por Martim a quem considerava irmão e de quem era aliado. 8) Jacaúna - o grande Jacaúna, o chefe dos pitiguaras, senhor das praias do mar. O seu colar de guerra, com os dentes dos inimigos vencidos, era um brasão e troféu de valentia. Era corajoso, exímio guerreiro, forte. Seu nome tem o significado de "jacarandá-preto". 9) Batuireté - avô de Poti, maior chefe. Tinha a cabeça nua de cabelos, cheio de rugas, Morava numa cabana na Serra do Maranguab (sabedor de guerra). Batuireté significa "valente nadador". 10) Jatobá - pai de Poti. Conduziu os pitiguaras a muitas vitórias. Robusto e valente. 11) Moacir - o nascido do sofrimento, o "filho da dor". É, na alegoria de Alencar, o primeiro brasileiro - fruto da união do branco com o índio. Mal nasceu, já exilava da terra que o gerou. Estaria nisso a predestinação errante da gente nordestina.
3)Retire do texto descrição do espaço da narrativa. “ Mais rápido que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu.”“ O sol deitou-se e de novo se levantou no céu. Os guerreiros chegaram aonde a serra quebrava para o sertão; já tinham passado aquela parte da montanha, que por ser despida de arvoredo e tosquiada como a capivara, a gente de Tupã chamava Ibiapina.”“[...] afrontava as árvores do mais alto píncaro da serrania, e quando batido pela rajada, parecia varrer o céu com imensa copa.”“E foi assim que um dia veio a chamar-se Ceará o rio onde crescia o coqueiro, e os campos onde serpeja o rio.
4)Escreva, com suas palavras, um resumo dos enredo. Iracema (José de Alencar) Iracema era uma índia Tabajara, filha do pagé chamado Araquém. Iracema era prometida ao índio Irapuã que era da mesma tribo de Iracema.Tudo estava bem ate Iracema conhecer o português Martim que vinha de Portugual para dominas o território dos índios. Que apaixonou-se por Iracema, mas para continuar com esse amor proibido eles tiveram que fugir. Martim e Iracema refugiaram-se na tribo de Poti, que era da tribo Pitiguara, rival da tribo Tabajara. Iracema sentia muita falta de sua tribo, mas seu amor por Martim era maior, por isso a tribo Tabajara iniciou a guerra contra a tribo dos Pitiguaras, para vingar-se de Martim. Então os Tabajaras se uniram aos franceses que estavam com uma guerra contra os portugueses, sendo que os portugueses eram aliados dos Pitiguaras.Martim sentia saudade de sua família que estava em Portugual. Iracema estava grávida decidiu morrer após o parto para que Martim podesse voltar para Portugual. A índia deu a luz, quando Martim precisou viajar.Aproveitando da ausência de Martim o irmão de Iracema, Caubi foi visita-la, e falou que seu pai estava muito doente, e que havia perdoado-a Iracema fraca pelo parto, e não se alimentava direito morreu após entregar o seu filho Moacir a Martim.Foi entrerrada ao pé de um coqueiro as margens do rio que hoje é chamado de Ceará e que banha toda região do Ceará.

Nome: Alesi Bohns.

1. Indique o foco narrativo do romance Iracema. Comprove com trechos do texto.
A narrativa é em terceira pessoa e o narrador é onisciente e onipresente. No começo do livro o narrador é em primeira pessoa.“O sentimento que ele (Martim) pôs nos olhos e no rosto não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara."
“Uma história que me contaram nas lindas vargens onde nasci”.
"Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta jandaia nas frondes da carnaúba"
2. Cite as personagens principais e caracterize-as.
Iracema – índia da tribo dos tabajaras, filha de Araquém, velho pajé;Martim Soares Moreno – guerreiro branco, colonizador europeu, amigo dos pitiguaras, habitantes do litoral, adversários dos tabajaras;Moacir - Filho de Iracema e Martim, filho do sofrimento;Poti – herói dos pitiguaras, amigo – que se considerava irmão – de Martim;Irapuã - chefe dos tabajaras; apaixonado por Iracema. Ciumento e corajoso;Caubi – índio tabajara, irmão de Iracema;Jacaúna – chefe dos pitiguaras, irmão de Poti.
3. Retire do texto descrição do espaço da narrativa.O espaço da obra é o Estado do Ceará e o tempo é o início do século XVII.
4. Escreva, com suas palavras, um resumo do enredo.
IRACEMAJosé de Alencar
A história se transcorre no século XVI, nas então selvagens selvas nordestinas, onde hoje é o litoral do Ceará. Martin, um jovem guerreiro português, é ferido por uma índia ao andar só por entre as matas. Essa índia é a jovem guerreira tabajara Iracema, virgem consagrada a Tupã e que continha o segredo da jurema: a preparação de um licor que provocava êxtase nos índios tabajaras. A jovem, percebendo que havia ferido um inocente, o leva para a cabana do pai, o pajé Araquém. A hospedagem de Martin junto aos tabajaras não agrada a muitos, principalmente um guerreiro de nome Irapuã, apaixonado por Iracema. Enquanto isso, Martin convive com a saudade de Portugal e sua amada que lá foi deixada, e também com a crescente admiração pela virgem tabajara.
Em meio a festas e guerras travadas com outras tribos, a virgem e o guerreiro branco se envolvem amorosamente, o que contraria o voto de castidade a Tupã. Apaixonada por Martin e contrariando a crença de sua tribo, só resta a Iracema fugir de sua aldeia antes que o pai e os outros selvagens percebam. Essa fuga se dá ao lado do amado e de um guerreiro da tribo pitiguara de nome Poti, a quem o jovem português tratava como irmão. Ao perceber o ocorrido, os tabajaras, liderados por Irapuã e o irmão de Iracema, Caubi, perseguem os amantes. Encontram a tribo inimiga pitiguara, com quem travam um sangrento combate. Iracema, vendo a ferocidade com que Irapuã e Caubi agridem Martin, os fere gravemente. A tribo tabajara, pressentido a derrota e a morte em massa, foge.
A desesperada fuga acaba numa praia deserta, onde Martin e Iracema constroem uma cabana. Passado algum tempo, Martin se sente na obrigação de ir guerrear junto ao seu irmão Poti e a tribo pitiguara, deixando Iracema na cabana, grávida. Martin demora e Iracema dá a luz a um menino, ficando gravemente debilitada pelo parto. O guerreiro branco chega logo depois e, ao ouvir o canto triste da jandaia (ave que sempre acompanha Iracema), pressente a tragédia. Volta ainda a tempo de ver Iracema morrer nos seus braços, enterrando-a ao pé de um coqueiro. O filho de Iracema e Martin tornou-se assim o primeiro cearense, fruto da relação muitas vezes trágica entre o sangue português e o sangue indígena.